Vamos sair do automático?
postado em: 25 de dezembro de 2017
postado por: Psicóloga Juliana Vieira
Há dias atrás, recebi um e-mail que falava sobre a rotina e a percepção que temos sobre o tempo. Neste e-mail era mencionado que o nosso cérebro evita fazer duas vezes o mesmo trabalho e que um adulto tem em média entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Com isso, a maioria dos nossos pensamentos é automatizada e para não ficarmos “loucos”, o cérebro processa como se não tivéssemos sentido estes pensamentos. Os autores do e-mail ainda diziam que quando vivenciamos uma experiência pela primeira vez, despendemos muitos recursos para compreender o que está acontecendo, porém quando a experiência vai se repetindo, os nossos pensamentos se tornam automáticos. Com o tempo, muitas experiências começam a se repetir, é o que chamamos de rotina.
Refletindo sobre o e-mail e sobre o dia-a-dia, percebe-se o quanto os pensamentos são automatizados, portanto, quantos comportamentos são automatizados. Há um corre-corre para tudo. Os adultos com seu trabalho ou outras responsabilidades, as crianças com seus horários de aula, atividades extra-curriculares, aula disso, aula daquilo. E onde fica o tempo para o afeto nas relações? Será que também são automatizados? Quanto tempo tenho de qualidade e não quantidade com meus filhos, com o meu marido ou esposa, com meus familiares, com meus amigos?
É tempo de repensar! De mudar hábitos, comportamentos em busca de relações mais saudáveis e afetuosas, curtindo as pessoas que estão a nossa volta. Porém, isso não quer dizer deixar responsabilidades de lado, e sim, lidar de outra forma com tudo isso, fazendo do tempo, também tempo de afeto.