Conversando ainda mais sobre os pensamentos: crenças disfuncionais

postado em: 14 de fevereiro de 2022

postado por: Psicóloga Juliana Vieira

Como vimos, os nossos pensamentos são um dos processos cognitivos, são
contínuos e automáticos e influenciam nas nossas emoções e sentimentos, tanto para vermos o mundo de forma positiva ou negativa. Então, têm pensamentos que nos ajudam e outros que interferem na forma de nos vermos, de ver o outro e ao mundo e é disso que quero tratar aqui: as distorções cognitivas. Existem várias, mas vou mencionar algumas que podem nos prejudicar e precisamos estar atentos:

1. CATASTROFIZAÇÃO: é quando a pessoa prediz o futuro negativamente, sem levar em consideração outros resultados mais prováveis. Exemplo: Tudo vai dar errado!O pior vai acontecer e eu não vou poder fazer nada a respeito.
2. DESQUALIFICAR O POSITIVO: tudo ou a maior parte do que acontece, como experiências positivas, conquistas e qualidades não contam; desqualifica o que acontece de positivo. Exemplo: Eu fui bem na prova, mas eu tive sorte.
3. EMOCIONALIZAÇÃO: pensar que algo deve ser verdadeiro porque a pessoa “sente” (na verdade acredita) tão forte, ignorando ou descontando evidências contrárias. Exemplo: Eu sei que sou um ótimo profissional, mas algo me diz que o meu chefe não gosta de mim ou
   As pessoas não acreditam em mim.
4. FILTRO MENTAL: prestar atenção num pequeno detalhe, ao invés de ver o todo. Exemplo: Tudo deu errado hoje. Tive somente problemas a semana inteira.
5. LEITURA MENTAL: a pessoa acredita que sabe o que os outros estão pensando, falhando em considerar outras possibilidades prováveis. Exemplo: Ele está falando como se eu não soubesse que ele quer “puxar o meu tapete”.
6. PENSAMENTO POLARIZADO: perceber uma situação de forma dicotômica, em apenas duas categorias, ao invés de um continuum ou pensamento tudo ou nada: Exemplo: Se eu não sou um sucesso total, sou um fracasso. Ou gostam de mim ou me odeiam.

Trouxe algumas distorções cognitivas como mencionados acima, mas no
nosso dia a dia, esbarramos com ilimitados. O importante é identificar e se for
prejudicial procurar mudá-lo para um pensamento saudável.