Ciúmes passageiros ou ciúmes o tempo inteiro?
postado em: 25 de março de 2014
postado por: Psicóloga Juliana Vieira
O ciúme é uma emoção presente no ser humano, podendo até ser denominada como uma emoção universal, não tem quem não sinta ou em algum momento irá sentir.
A maneira que é definida o ciúme, pode variar de cultura para cultura, de épocas para épocas e de pessoa para pessoa. Alguns indivíduos descrevem o ciúme como sendo uma reação quando se sentem ameaçados ou quando reagem com o intuito de eliminar qualquer risco que possa perder o seu amor ou quando possuem um rival real ou imaginário.
No século XIV, o ciúme estava associado ao zelo, a paixão, preservação e não como atualmente, a desconfiança e possessividade (de forma geral). Porém, em todas as épocas havia o “lado obscuro do ciúme”, ou melhor, uma pessoa que sente ciúmes pode estar ligada a uma insegurança, a um descontrole. Hoje em dia cada vez está mais associado o ciúmes como sendo uma emoção indesejável e desajustada.
Quando o ciúme compreende várias emoções e pensamentos perturbadores e irracionais, fique em alerta. Se ainda compreende comportamentos exagerados ou inadequados pode ser denominado como ciúme patológico.Quem acompanhou a novela “Mulheres apaixonadas”, lembra da personagem Heloísa e pode observar um exemplo de ciúme patológico, aonde a personagem perseguia o seu marido com o pensamento que ele estava sendo infiel, sem estar.
O ciúme “normal” é aquele que é transitório, passageiro, específico e baseado em fatos reais, já o patológico é quando ocorre um preocupação irracional, infundada e descontextualizada. Neste último, a pessoa pode experimentar diferentes e intensas emoções como: depressão, ansiedade, vergonha, humilhação, desrespeito, culpa, desejo de vingança e raiva. Como falado, a própria panela de pressão, a qualquer momento pode explodir.
Ciúmes é normal, quem sabe podemos dizer, faz parte da relação, do amor, mas a partir do momento que traz prejuízos à própria pessoa ou a outra, é hora de repensar.